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Consumidor mantém onfiança, mesmo com crise

Apesar da crise financeira internacional, a confiança do consumidor brasileiro se manteve estável em novembro, devido à perspectiva de manutenção do emprego, conforme pesquisa da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), divulgada hoje. O Índice Nacional de Confiança (INC), calculado pela ACSP em parceria com a Ipsos, ficou em 140 no mês passado, mesmo nível registrado em setembro e outubro e superior ao registrado no mesmo mês do ano passado, de 134. Segundo a ACSP, o índice permanece praticamente estável há sete meses, oscilando na faixa de 138 a 140 pontos. Um resultado acima de 100 pontos aponta para otimismo e uma leitura abaixo deste nível indica pessimismo do consumidor. Segundo a ACSP, é a perspectiva de segurança no emprego que sustentou o otimismo do consumidor em novembro, passando de 41% em outubro para 42% em novembro o porcentual de entrevistados que afirmaram estar mais confiantes com relação à segurança de seu emprego. Já o porcentual daqueles que disseram estar menos confiantes avançou de 27% para 28%. O número de pessoas conhecidas dos entrevistados que perderam o emprego em novembro ficou estável em 3,7. "O nível de emprego vai dar, ao longo do tempo, a visão exata da crise real", disse Alencar Burti, presidente da entidade. De acordo com o levantamento, 41% dos entrevistados acreditam que a economia brasileira está forte, enquanto 31% consideram que está fraca. Para os próximos seis meses, 43% dos entrevistados apostam que a economia estará ainda mais fortalecida e apenas 12% prevêem uma piora. Ainda assim, a porcentagem dos entrevistados que viram uma piora em sua situação financeira aumentou de 36% em outubro para 38% novembro, enquanto aqueles que perceberam uma melhora em sua situação diminuiu de 37% para 34%. Entre os entrevistados, 58% acreditam que sua situação financeira vai melhorar nos próximos seis meses e apenas 8% esperam uma piora. Regiões As regiões Norte e Centro-Oeste são as mais otimistas, segundo o levantamento, apesar da queda do INC regional de 160 em outubro para 146 em novembro. Já o índice da região Nordeste avançou de 134 pontos em outubro para 143 em novembro. No Sudeste, o INC oscilou de 139 pontos para 138 pontos entre outubro e novembro e, na região Sul, de 130 pontos para 127 pontos. Segundo a ACSP, o resultado no Sudeste está relacionado com o noticiário sobre a crise financeira internacional. Já os dados da região Sul foram provavelmente influenciados pelo impacto da seca no Rio Grande do Sul e das enchentes em Santa Catarina, destacou a ACSP. Consumo O levantamento revelou ainda que o consumidor ficou mais cauteloso em relação às compras de maior valor, passando de 40% em outubro para 46% em novembro a porcentagem dos entrevistados que se disse menos à vontade para comprar imóveis ou carros. Já aqueles que se disseram mais favoráveis oscilaram de 31% para 32%. "Isso não significa que o consumidor desistiu, mas apenas adiou sua decisão de compra", explicou a ACSP. Já a disposição dos entrevistados para comprar eletrodomésticos continuou estável: entre os entrevistados, 44% afirmaram que continuam à vontade para comprar eletrodomésticos, mesmo porcentual do mês anterior. O porcentual dos que afirmaram estar menos dispostos a fazer este tipo de compras avançou de 32% para 34% entre outubro e novembro. SCPC As consultas ao Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC), considerado um termômetro das vendas a prazo, subiram 1,4% na primeira semana de dezembro na comparação com o mesmo período do ano passado, informou a ACSP. No mesmo período, o SCPC/Cheque - que mede as vendas à vista - registrou queda de 0,9%. O ritmo de compras é semelhante ao verificado em novembro, destacou a entidade. Em nota, o presidente da ACSP, Alencar Burti, afirmou que a expectativa da associação é que, apesar de cauteloso, o consumidor deverá retornar às comprar com a aproximação do Natal.
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