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Juros e falta de crédito são "nós" da economia, diz Lula
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu ontem ajustes nos bancos públicos e privados para estimular a concessão de crédito no Brasil.
CATIA SEABRA
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu ontem ajustes nos bancos públicos e privados para estimular a concessão de crédito no Brasil. Após visita ao vice-presidente José Alencar -um dos críticos da política monetária no país- no hospital Sírio-Libanês, Lula deixou claro que considera a taxa de juros e a escassez de crédito como nós da economia.
"Temos um mercado interno potencial e temos um problema de crédito. Tenho chamado a atenção: apesar de o crédito já ter ultrapassado o que era no final do ano passado, achamos que é preciso que as taxas de juros sejam adequadas ao momento histórico que vive o Brasil", pregou o presidente, mesmo afirmando que "o Brasil, graças a Deus, está numa situação bem melhor do que a maioria dos países desenvolvidos para resolver o problema da crise."
O presidente listou ações do governo para enfrentamento da crise, como o reforço de R$ 100 bilhões para financiamentos do BNDES e a expectativa de investimentos da Petrobras.
Mas reconheceu: "Ainda precisamos ajustar a questão dos créditos nos bancos públicos e nos bancos privados para que os créditos voltem à normalidade aceitável pela sociedade. Até porque é o crédito que vai fazer as pessoas voltarem a comprar."
Lula afirmou que os investimentos do governo serão preservados. "Estão mantidas todas as obras importantes. Vamos tentar cortar aquilo que a gente puder em custeio."
À noite, o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), após se encontrar com Lula, disse que o presidente se queixou do preço dos seguros nos financiamentos da casa própria. O governo federal prepara um pacote de incentivo ao setor habitacional.
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