Notícias

Prazo para pagar imposto fica maior

Fonte: Estadão
Sérgio Gobetti e Ribamar Oliveira O governo tornou oficial ontem mais uma medida reivindicada pelo setor produtivo para driblar a crise de liquidez no mercado financeiro: a ampliação do prazo de recolhimento de impostos federais. Os dez dias a mais que as empresas terão para pagar os tributos ao governo proporcionarão, segundo o Ministério da Fazenda, um alívio de R$ 21 bilhões no fluxo de caixa, que antes era suprido eventualmente por empréstimos nos bancos. Apesar da dilatação de prazos contribuir para o capital de giro das empresas, a medida não terá impactos fiscais relevantes. Isso porque todos os pagamentos continuarão a ser feitos dentro do próprio mês. O recolhimento do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), por exemplo, foi adiado do dia 15 para o dia 25, portanto no mesmo mês. O pagamento do Imposto de Renda Retido na Fonte dos trabalhadores das empresas passou do dia 10 para o dia 20. Ou seja, as empresas poderão descontar o imposto do contracheque do trabalhador no fim de um mês e só no vigésimo dia do mês seguinte passarão o dinheiro para a Receita Federal. A Previdência Social também dilatou o prazo de suas cobranças em dez dias, do dia 10 de cada mês para o dia 20. Apenas o PIS/Cofins teve seu prazo de recolhimento reduzido em menor tempo: cinco dias, do dia 20 para o dia 25. Isso porque, se o prazo fosse maior, a medida poderia ter impacto no superávit primário do mês, ou seja, na diferença entre receitas e despesas que serve de termômetro da política fiscal. DECISÃO POSITIVA A ampliação do prazo de pagamento dos tributos foi solicitada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). A entidade, no entanto, queria que os prazos fossem ampliados para até 60 dias. Apesar disso, o presidente da CNI, Armando Monteiro Neto, considerou a decisão positiva, embora tenha lamentado o aumento de apenas cinco dias para o pagamento da Cofins. "Seria melhor que tivéssemos uma dilatação uniforme, unificando em mais dez dias para todos os tributos federais", afirmou, ao deixar a reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES). O ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou ainda um mutirão da Receita Federal para acelerar a liberação de créditos tributários. O crédito corresponde a um imposto que a empresa pagou por determinada mercadoria adquirida e pode reaver. Atualmente, existe um longo processo administrativo para analisar os casos em que as empresas pedem a devolução do dinheiro. Mantega disse que vai pedir que os auditores fiscais acelerem a análise desses processos para ajudar no capital de giro das empresas. Essas medidas, segundo o ministro, permitirão reduzir o custo financeiro do setor produtivo, que teria crescido de 4% a 5% desde o início da crise. MAIS DIAS O QUE MUDA IPI - O Imposto sobre Produtos Industrializados passa do dia 15 para o dia 25 de cada mês PIS e Cofins - Pagamento é prorrogado do dia 20 para o dia 25 IRRF e Contribuição Previdenciária - Passam do dia 10 para o dia 20 IMPACTO DA MEDIDA Empresas terão R$ 21 bilhões a mais para capital de giro durante o período de dez dias
voltar

Links Úteis

Indicadores diários

Compra Venda
Dólar Americano/Real Brasileiro 5.7624 5.7634
Euro/Real Brasileiro 6.153 6.203
Atualizado em: 30/10/2024 23:17

Indicadores de inflação

07/2024 08/2024 09/2024
IGP-DI 0,83% 0,12% 1,03%
IGP-M 0,61% 0,29% 0,62%
INCC-DI 0,72% 0,70% 0,58%
INPC (IBGE) 0,26% -0,14% 0,48%
IPC (FIPE) 0,06% 0,18% 0,18%
IPC (FGV) 0,54% -0,16% 0,63%
IPCA (IBGE) 0,38% -0,02% 0,44%
IPCA-E (IBGE) 0,30% 0,19% 0,13%
IVAR (FGV) -0,18% 1,93% 0,33%